terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sugestões Liturgicas

S u g e s t õ e s  l i t ú r g i c a s
Aos membros de Pastoral Litúrgica 

1. Se não rezam e não adoram o Santíssimo juntos podem ser muito inteligentes, mas não serão sábios, podem ser muito organizados, mas não serão piedosos, enfim, terão a mesma diferença que há entre uma técnica de enfermagem e uma mãe.
2. Participem de cursos, leiam livros, pesquisem na internet. Mas não se esqueçam de ler e ouvir o que diz o Papa atual, o que disseram os Papas anteriores e os Concílios. Muita gente fala sobre liturgia, mas não acredita que, por exemplo, a Missa é um Sacrifício, portanto, seus livros e palestras – mesmo que vinculados a editoras católicas – são um bom material para saber o que não se deve fazer.
3. Cuidado com o “Seu Estupendo”, aquele que passa o dia repetindo o que à noite esteve lendo…
4. Ao preparar comentários para a Missa, cuidado para não ser redundante e falar coisas que todos já perceberam. Ao invés de falar que o padre está incensando o altar – coisa que todos estão vendo – poderia, uns cinco minutos antes da Missa, falar um pouco sobre o sentido do incenso na liturgia, ou Quem o Altar simboliza etc.
5. Não é conveniente que se fale de temas. Por exemplo: “O tema da Missa de hoje é a paz.” Ou: “O Evangelho de hoje fala sobre perdão”. O padre pode julgar mais importante abordar outro aspecto da Liturgia da Palavra ou de algum texto litúrgico; além do que, a palavra “Tema” dá mais idéia de palestra do que de celebração de um mistério…
6. Embora em muitos lugares os leitores – não sendo instituídos – usem opas ou outras insígnias, quem sabe poderíamos valorizar a “roupa normal” dos leigos, mostrando pelas roupas a modéstia, o pudor, e solenidade de se proclamar a Palavra de Deus. Só por exemplo, nas liturgias do Papa no Vaticano os leitores não instituídos não usam nenhuma veste diferente.
7. Cuidado com expressões que possam confundir mais do que explicar. Por exemplo: falar que somos um povo sacerdotal e que o padre preside a Missa é corretíssimo, mas se as pessoas não conhecem bem os documentos da Igreja e a nossa doutrina, essas expressões podem parecer mais protestantes do que de fé católica.
8. Discrição deve ser o nosso lema. Evitar correrias e agitações, especialmente depois que as celebrações começaram.
9. Se alguém pede para fazer uma coisa que vocês sabem que está errado, não façam. Por exemplo: “Agora, todos rezem comigo: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos…” Deixem-no rezar sozinho, se ele brigar, não liguem. Se ele resolver tirar vocês da equipe, dêem graças a Deus. Depois, procurem esse irmão, especialmente se for sacerdote, e o corrijam com toda caridade. Se for um sacerdote visitante, rezem por ele e seria bom avisar o pároco. Se esse padre é o pároco, rezem por ele e avisem o bispo. Se também o Bispo acha normal, rezem para que ele mude de opinião. Mas nunca falem mal dele, falem, sim, bem da Missa.
10. Lembrem-se que a liturgia é feita de repetições solenes, não é necessário inovar a cada Vigília Pascal: dá mais trabalho e dispersa mais do que desperta a piedade. Além do que, na repetição haverá sempre um aprimoramento.
11. Inovar, inovar, criatividade, dinamizar… Mas quando há aniversário ninguém pensa em fazer uma outra versão do “Parabéns” e, se faz, parece que falta alguma coisa… Repetições solenes, cheias de amor!
12. Quem decide o que vai acontecer na Missa deve ser o padre que a vai celebrar. Recordo-me de um amigo meu que disse uma vez: “Qual a diferença entre um terrorista e a equipe de liturgia de minha paróquia? Com o terrorista pode haver negociação”.
13. Os leitores devem ter um contato bem anterior com as leituras que irão proclamar, cuidado para ler bem a Palavra de Deus, afastando erros de leitura e também certas entonações que mais pareceriam uma declamação ou mesmo um teatro.
14. A Bíblia não é exatamente um livro litúrgico. Livros litúrgicos são os Lecionários e o Evangeliário.
15. Procissões de entronização da Bíblia ficariam melhores no início de encontros de catequese, sínodos, reuniões pastorais. Não na Missa.
16. Cuidado para não teatralizar a liturgia. Penso que seria bom evitar apresentações teatrais, mesmo que pequenas, ou coreografias ou outras coisas que não estejam prescritas nos livros litúrgicos.
17. Na semana santa, ao invés de usar um jumentinho na procissão de Ramos, ou de vestir um grupo de meninos como se fossem apóstolos na Quinta-feira Santa e outras coisas do gênero, seria melhor tirar tudo isso da liturgia e organizar uma encenação da Paixão do Senhor em outro momento que não a liturgia e outro lugar que não Igreja.
18. Quando a jovem Dra. Edith Stein, judia que do cristianismo só conhecia o protestantismo, foi visitar um Templo Católico como turista numa cidade da Alemanha ficou muito impressionada ao ver uma mulher chegar com uma sacola de pão, se ajoelhar, ficar um instante em oração, se levantar e sair. Chamava-lhe a atenção de que alguém rezasse na Igreja, pois na sinagoga ou no templo protestante, isso não acontecia: as pessoas se reuniam ali para celebrações, mas não se tinha a idéia de ser um lugar sagrado. Fora das celebrações, tanto a sinagoga quanto a igreja protestante eram praticamente um salão vazio. O fato de um católico entender a Igreja como habitação de Deus e se dirigir a Ele nesse local, como um amigo que visita outro em sua casa, marcou profundamente aquela Doutora que veio a ser a Santa Virgem e Mártir Teresa Benedita da Cruz. Vamos lembrar isso aos nossos irmãos!
19. Ajudem as pessoas a perceberem que a Igreja não é “um espaço celebrativo”. A Igreja é a casa de Deus, mesmo que não esteja acontecendo nenhuma celebração. Em muitos lugares, fizeram da Igreja uma espécie de cinema, antes e depois da sessão, pode-se conversar, rir, comer, brincar, correr…
20. Um comentário feito pelo Espírito Santo para antes da Missa: “Silêncio diante do Senhor Deus (…) porque o Senhor preparou um sacrifício” (Sf 1, 7).

Papa e os preservativos - polêmica?

Perito vaticano explica
postura do Papa sobre preservativos
Postado por Caio, Fonte: Canção Nova 

O Sub-secretário do Pontifício Conselho para a Família, padre Carlos Simón, explicou que "não há nenhuma novidade" na postura do Papa Bento XVI sobre os preservativos, no novo livro-entrevista "Luz do Mundo" do jornalista alemão Peter Seewald, apresentado nesta terça-feira, 23, no Vaticano.


Em entrevista ao jornal espanhol La Razón, padre Simón, médico e sacerdote, recordou que o Santo Padre já explicou na sua viagem à África, em 2009, que a postura da Igreja sobre a luta contra a AIDS se fundamenta na promoção da abstinência e da fidelidade; e destacou que nas declarações do Papa a Seewald "não há nenhuma novidade".

"O Papa disse naquela viagem [à África] que na luta contra a AIDS a estratégia da Igreja era a abstinência, a fidelidade e a camisinha. As duas primeiras são formas de lutar contra a AIDS, como assinala o Papa, no contexto da educação e da não-banalização da sexualidade. Como última via escapatória está o preservativo, nos casos onde as outras duas opções não se puderam desenvolver", explicou.

Do mesmo modo, considerou que "deve-se distinguir quando o Pontífice diz algo de modo coloquial do que quando ele o faz de maneira pedagógica ou em uma expressão de toda sua autoridade, como em uma encíclica. Não há contradição neste assunto".

"O que concretamente disse o Papa neste livro é que nos casos em que nem a abstinência nem a fidelidade puderam ser seguidas - que é a via pela qual aposta a Igreja -, existe esta última opção. Uma pessoa pode fazer uso do preservativo de forma responsável para não contagiar nem produzir um mal que danifique a vida".

Cor Litúrgica do advento

Postado por Kairo Rosa Neves de Oliveira, http://www.salvemaliturgia.com


A cor própria do advento é o roxo, usado desde as I Vésperas do I Domingo do Advento até a última missa que antecede a da Noite de Natal. Nesse período, só se usa outra cor para as festas e solenidades, como a Imaculada Conceição, e para o III Domingo do Advento, Domingo Gaudete, quando se usa o rosa. Isso é conhecido por todos aquele que trabalham na organização da liturgia nas comunidades paroquiais, nos oratórios, nos monastérios, etc.
 
Existe, entretanto, uma "proposta" que sugere a utilização de outras cores no tempo do advento. O grande argumento é que o roxo remete à penitência e o advento é um tempo de feliz espera. Um argumento simplório que evidencia um total desprezo pela construção da liturgia durante séculos e propõe mudanças cirúrgicas na mesma. As cores litúrgicas não devem ser vistas como "legendas" da celebração, mas como um dos elementos que constituem a mesma. O roxo relaciona-se tão bem com a penitência quaresmal, quanto com a sobriedade e preparação, próprios do tempo do advento. Esses dois usos não se excluem, mas se completam; tendo-se como significado final a conversão, comum aos dois tempos e também ao sacramento da penitência, em que figura.       

Um caso similar é o vermelho, que tanto é usado na celebração dos mártires, quanto nas celebrações do Espírito Santo. Uma mesma cor que serve muito bem a ambas as ocasiões, apesar de não terem, ao menos a primeira vista, um mesmo significado.

Voltando à tão proposta, com a saída do roxo do advento, existiria a necessidade de uma cor para lhe substituir. E existem duas candidatas a "cor subsitutita", alguns dizem que deve-se usar o rosa em todo o tempo do Advento, outros que deve-se introduzir o lilás entre as cores litúrgicas e destiná-lo a esse tempo. Uma sugestão mais esdrúxula que a outra.
O rosa já tem seu lugar na liturgia. É usado, como já disse, no Domingo Gaudete, além de no IV Domingo da Quaresma, Domingo Laetare. Seu uso em todo o período do Advento levaria a uma desastrosa perda destes dois domingos, que possuem uma relação particular com sua respectivas liturgias da palavra e outras partes do próprio, além de marcarem um dia de júbilo dentro de tempos particularmente sóbrios.
O uso do lilás é defendido para preservar os domingos de rosa. Ele seria uma cor intermediária entre o rosa e o roxo. Considerando que o rosa é cor intermediária entre roxo e branco, apenas a confusão gerada por tanto "intermediarismo" nas cores já seria um bom ponto para não se utilizar tal cor. Mas existem motivos melhores para excluir o lilás. Primeiro, o lilás não é cor do rito romano e sua introdução nos paramentos litúrgicos constituiria um abuso grave, tão grave quanto o uso do laranjado. Segundo, por que constitui um artificialismo; o povo não relaciona lilás com preparação para o Natal, ao contrário, relaciona o roxo com preparação.

Por fim, se alguma paróquia realmente precisa da invenção de uma cor litúrgica criada ex nihil para entender que Quaresma não é Advento, essa pobre comunidade necessita, urgentemente, de uma boa catequese litúrgica.

Os cardeais espalhados pelo mundo

Fonte: http://caius-santachiesa.blogspot.com/

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Papa constata “primavera eucarística” na Igreja


Dedica a catequese à impulsora da festa de “Corpus Christi”

CIDADE DO VATICANO, 17 de novembro de 2010 (ZENIT.org)  

"Eu gostaria de afirmar com alegria que hoje, na Igreja, há uma 'primavera eucarística'": esta foi a mensagem do Papa durante a audiência geral desta manhã, na Praça de São Pedro.
Bento XVI constatou que muitas pessoas "dedicam seu tempo a estar diante do Tabernáculo, silenciosas, para desfrutar de um diálogo de amor com Jesus! É consolador saber que muitos grupos de jovens redescobriram a beleza de rezar em adoração diante da Santíssima Eucaristia".
Diante dos milhares de peregrinos reunidos na praça, o Papa falou sobre outra mulher da Idade Média, Santa Juliana de Cornillon, mística e impulsora da festa de Corpus Christi em toda a Igreja, conhecida também como Juliana de Lieja, que viveu na Bélgica no século XIII.
O Pontífice quis sublinhar a importância de recuperar a adoração eucarística fora da Missa: "A fidelidade ao encontro com o Cristo Eucarístico na Santa Missa dominical é essencial para o caminho de fé, mas tentemos também visitar frequentemente o Senhor presente no Tabernáculo!".
Citando a encíclica Ecclesia de Eucharistia, constatou que "em muitos lugares, é dedicado amplo espaço à adoração do Santíssimo Sacramento, tornando-se fonte inesgotável de santidade".
"Contemplando, em adoração, a Hóstia consagrada, encontramos o dom do amor de Deus, encontramos a Paixão e a Cruz de Jesus, assim como sua Ressurreição. Precisamente por meio do nosso olhar em adoração, o Senhor nos atrai a Si, dentro do seu mistério, para transformar-nos como transforma o pão e o vinho", afirmou.
O Papa mostrou seu desejo de que "esta 'primavera eucarística' se difunda para vez mais em todas as paróquias, em particular na Bélgica, a pátria de Santa Juliana".

Corpus Domini
Juliana ficou órfã aos 5 anos e foi acolhida em um convento de religiosas agostinianas, onde mais tarde vestiu o hábito.
Santa Juliana
"Além de uma inteligência vivaz, Juliana mostrava, desde o começo, uma propensão particular à contemplação; tinha um sentido profundo da presença de Cristo, que experimentava vivendo de maneira particularmente intensa o sacramento da Eucaristia", explicou o Papa.
Desde muito jovem, teve uma visão na qual a lua aparecia em seu pleno esplendor, com uma faixa escura que a atravessava diametralmente.
"O Senhor a fez compreender o significado do que lhe aparecera. A lua simbolizava a vida da Igreja na terra; a linha opaca representava, no entanto, a ausência de uma festa litúrgica, para cuja instituição se pedia a Juliana que trabalhasse de maneira eficaz."
Visão de Santa Juliana
Com o tempo, Juliana contou sobre suas visões a outras duas santas mulheres, com as quais trabalhou intensamente para promover a festa do Corpus Domini.
"As três mulheres estabeleceram uma espécie de "aliança espiritual", com o propósito de glorificar o Santíssimo Sacramento", explicou o Papa.
Esta determinação supôs também muitas dificuldades, até o ponto de ter de abandonar o convento devido à oposição do superior do qual dependia seu mosteiro.
Juliana teve de ser acolhida em outros mosteiros cistercienses, em um dos quais morreu, diante do Santíssimo Sacramento exposto.
Nove anos depois, o Papa Urbano IV, que havia conhecido Juliana pessoalmente, instituiu a solenidade de Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira depois de Pentecostes.


terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Impressão Tridimensional do Tecido do Santo Sudário

Santo-Sudario-imagens-tridimensionais.jpg, 25kB
Em 1977 foi descoberta a tridimensionalidade do Santo Sudário pelo grupo de cientistas do Projeto de Pesquisa do Sudário de Turim (STURP).
Dois oficiais da Força Aérea norte-americana, John Jackson e Eric Jumper, analisando o Sudário, perceberam que a figura foi impressa de maneira tridimensional, de tal forma que é possível conhecer a distância entre o tecido e as diversas partes do corpo de Nosso Senhor, o que não acontece numa fotografia comum.
Assim, partes do corpo que não estiveram em contato com o tecido também se achavam misteriosamente impressas na fotografia da mortalha.
Normalmente os cientistas só conseguem reconstituir uma imagem tridimensional a partir de fotos, quando tiradas de enormes distâncias, como as de planetas longínquos.

De tal modo que a distância possa influenciar, de maneira mensurável, a intensidade de luz recebida ou refletida pelos objetos.
Santo-Sudario-imagem-tridimensional-de-Giovanni-Tamburelli.jpg, 30kBPara a reconstituição da tridimensionalidade, utiliza-se um aparelho chamado VP-8. Jackson e Jumper tomaram uma simples fotografia do Santo Sudário e a introduziram no aparelho.
Qual não foi o seu espanto ao constatar que se constituiu uma imagem tridimensional da Sagrada Face de Nosso Senhor.



Verbum Domini - Exortação Pós-Sinodal

Interessante compilação feita pela Zenit de algumas frases extraídas da Exortação Pós-Sinodal Verbum Domini sobre os temas abaixo citados.

Objetivo [do Documento]: “Desejo assim indicar algumas linhas fundamentais para uma redescoberta, na vida da Igreja, da Palavra divina, fonte de constante renovação, com a esperança de que a mesma se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial.” (n. 1)
Religião da Palavra, não do livro: “A fé cristã não ser uma ‘religião do Livro’: o cristianismo é a ‘religião da Palavra de Deus’, não de ‘uma palavra escrita e muda, mas do Verbo encarnado e vivo’.” (7)
Tradição e Escritura: “É a Tradição viva da Igreja que nos faz compreender adequadamente a Sagrada Escritura como Palavra de Deus.” (17)
Sagrada Escritura, inspiração e verdade: “A Sagrada Escritura é ‘Palavra de Deus enquanto foi escrita por inspiração do Espírito de Deus’. Deste modo se reconhece toda a importância do autor humano que escreveu os textos inspirados e, ao mesmo tempo, do próprio Deus como verdadeiro autor.” (19)
Deus escuta o homem: “É decisivo, do ponto de vista pastoral, apresentar a Palavra de Deus na sua capacidade de dialogar com os problemas que o homem deve enfrentar na vida diária. (…) A pastoral da Igreja deve ilustrar claramente como Deus ouve a necessidade do homem e o seu apelo.” (23)
Exegese: “No seu trabalho de interpretação, os exegetas católicos jamais devem esquecer que interpretam a Palavra de Deus. A sua tarefa não termina depois que distinguiram as fontes, definiram as formas ou explicaram os processos literários. O objectivo do seu trabalho só está alcançado quando tiverem esclarecido o significado do texto bíblico como Palavra atual de Deus.” (33)
Antigo Testamento e judaísmo: “A compreensão judaica da Bíblia pode ajudar a inteligência e o estudo das Escrituras por parte dos cristãos. (…) O Novo Testamento está oculto no Antigo e o Antigo está patente no Novo. (…) Desejo afirmar uma vez mais quão precioso é para a Igreja o diálogo com os judeus.” (41/43)
Bíblia e ecumenismo: “Na certeza de que a Igreja tem o seu fundamento em Cristo, Verbo de Deus feito carne, o Sínodo quis sublinhar a centralidade dos estudos bíblicos no diálogo ecumênico, que visa a plena expressão da unidade de todos os crentes em Cristo.” (46)
Traduções, serviço ao ecumenismo: “A promoção das traduções comuns da Bíblia faz parte do trabalho ecumênico. Desejo aqui agradecer a todos os que estão comprometidos nesta importante tarefa e encorajá-los a continuarem na sua obra.” (46)
Escritura e Liturgia: “Exorto os Pastores da Igreja e os agentes pastorais a fazer com que todos os fiéis sejam educados para saborear o sentido profundo da Palavra de Deus que está distribuída ao longo do ano na liturgia, mostrando os mistérios fundamentais da nossa fé.” (52)
A homilia: “É preciso que os pregadores tenham familiaridade e contato assíduo com o texto sagrado; preparem-se para a homilia na meditação e na oração, a fim de pregarem com convicção e paixão.” (59)
Celebrações da Palavra de Deus: “Os Padres sinodais exortaram todos os Pastores a difundir, nas comunidades a eles confiadas, os momentos de celebração da Palavra. (…) Tal prática não pode deixar de trazer grande proveito aos fiéis, e deve considerar-se um elemento importante da pastoral litúrgica.” (65)
Acústica: “Para favorecer a escuta da Palavra de Deus, não se devem menosprezar os meios que possam ajudar os fiéis a prestar maior atenção. Neste sentido, é necessário que, nos edifícios sagrados, nunca se descuide a acústica, no respeito das normas litúrgicas e arquitetônicas.” (68)
Canto litúrgico: “No âmbito da valorização da Palavra de Deus durante a celebração litúrgica, tenha-se presente também o canto nos momentos previstos pelo próprio rito, favorecendo o canto de clara inspiração bíblica capaz de exprimir a beleza da Palavra divina por meio de um harmonioso acordo entre as palavras e a música. Neste sentido, é bom valorizar aqueles cânticos que a tradição da Igreja nos legou e que respeitam este critério; penso particularmente na importância do canto gregoriano.” (70)
Atenção aos portadores de deficiência: “O Sínodo recomendou uma atenção particular àqueles que, por causa da própria condição, sentem dificuldade em participar ativamente na liturgia, como por exemplo os cegos e os surdos.” (71)
A animação bíblica da pastoral: “O Sínodo convidou a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, recomendando que ’se incremente apastoral bíblica, não em justaposição com outras formas da pastoral mas como animação bíblica da pastoral inteira’.” (73)
Dimensão bíblica da catequese: “A atividade catequética implica sempre abeirar-se das Escrituras na fé e na Tradição da Igreja, de modo que aquelas palavras sejam sentidas vivas, como Cristo está vivo hoje onde duas ou três pessoas se reúnem em seu nome.” (74).
Lectio Divina: “Nos documentos que prepararam e acompanharam o Sínodo, falou-se dos vários métodos para se abeirar, com fruto e na fé, das Sagradas Escrituras. Todavia prestou-se maior atenção àlectio divina, que ‘é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva’.” (87)
Palavra de Deus e Terra Santa: “Os Padres sinodais lembraram a expressão feliz dada à Terra Santa: ‘o quinto Evangelho’. Como é importante a existência de comunidades cristãs naqueles lugares, apesar das inúmeras dificuldades! O Sínodo dos Bispos exprime profunda solidariedade a todos os cristãos que vivem na Terra de Jesus, dando testemunho da fé no Ressuscitado.” (89)
Anúncio e nova evangelização: “Há muitos irmãos que são ‘batizados mas não suficientemente evangelizados’. É frequente ver nações, outrora ricas de fé e de vocações, que vão perdendo a própria identidade, sob a influência de uma cultura secularizada. A exigência de uma nova evangelização, tão sentida pelo meu venerado Predecessor, deve-se reafirmar sem medo, na certeza da eficácia da Palavra divina.” (96)
Testemunho: “A Palavra de Deus alcança os homens através do encontro com testemunhas que a tornam presente e viva.” (97)
Compromisso pela justiça: “A Palavra de Deus impele o homem para relações animadas pela rectidão e pela justiça, confirma o valor precioso aos olhos de Deus de todas as fadigas do homem para tornar o mundo mais justo e mais habitável.” (100)
Direitos humanos: “Quero chamar a atenção geral para a importância de defender e promover os direitos humanos de toda a pessoa (…). A difusão da Palavra de Deus não pode deixar de reforçar a consolidação e o respeito dos direitos humanos de cada pessoa.” (101)
Palavra de Deus e paz: “No contexto atual, é grande a necessidade de descobrir a Palavra de Deus como fonte de reconciliação e de paz, porque nela Deus reconcilia em Si todas as coisas (cf. 2 Cor 5, 18-20;Ef 1, 10): Cristo ‘é a nossa paz’ (Ef 2, 14), Aquele que derruba os muros de divisão.” (102)
Palavra de Deus e proteção da criação: “O compromisso no mundo requerido pela Palavra divina impele-nos a ver com olhos novos todo o universo criado por Deus e que traz já em si os vestígios do Verbo, por Quem tudo foi feito (…). A arrogância do homem que vive como se Deus não existisse, leva a explorar e deturpar a natureza, não a reconhecendo como uma obra da Palavra criadora.” (108)
Internet: “No mundo da internet, que permite que bilhões de imagens apareçam sobre milhões de monitores em todo o mundo, deverá sobressair o rosto de Cristo e ouvir-se a sua voz, porque, ’se não há espaço para Cristo, não há espaço para o homem’.” (113)
Diálogo inter-religioso: “A Igreja reconhece como parte essencial do anúncio da Palavra o encontro, o diálogo e a colaboração com todos os homens de boa vontade, particularmente com as pessoas pertencentes às diversas tradições religiosas da humanidade, evitando formas de sincretismo e de relativismo.” (117)
Diálogo e liberdade religiosa: “O respeito e o diálogo exigem a reciprocidade em todos os campos, sobretudo no que diz respeito às liberdades fundamentais e, de modo muito particular, à liberdade religiosa. Tal respeito e diálogo favorecem a paz e a harmonia entre os povos.” (120)